A atuação em situações climáticas adversas tem exigido flexibilidade e
dedicação dos militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Como o
território brasileiro tem mais de 8 milhões de km², algumas áreas têm
sido castigadas por fenômenos ambientais e atmosféricos opostos.
Enquanto no Estado de Santa Catarina (SC) a população sofre com excesso
de chuva, no Distrito Federal (DF) e em Itatiaia (RJ) a seca e a
estiagem têm provocado focos de incêndio. Realizando ações nestes três
locais, as asas fixas e rotativas da FAB tem demonstrado sua capacidade
de realizar missões simultaneamente e amenizar o sofrimento da
população.
Na região Sul, foram empregados dois helicópteros, um H-34 Super
Puma, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV), e um
BlackHawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV);
na Capital Federal, Hércules C-130, Primeiro Grupo de Transportes de
Tropa (1ºGTT); e no Parque Nacional de Itatiaia, um H-34 Super Puma
também do 3º/8º GAV.
Em
Santa Catarina, a enchente é considerada a segunda pior da história do
Estado. No município de Rio do Sul, onde as ações da Força aérea se
concentraram, o nível do rio Itajaí-Açú subiu 12,96 metros. Cerca de 25
toneladas de suprimentos, incluindo água potável e mantimentos, foram
transportadas. “Temos a certeza de que foi um fator importante para
amenizar o sofrimento das vítimas das enchentes”, afirma o Coronel
Aviador Paulo Roberto de Barros Chã, Comandante da Base Aérea de
Florianópolis.
Em Itatiaia, como o acesso terrestre ao local do incêndio era de
extrema dificuldade, a Força Aérea atuou no transporte de brigadistas do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) para o ponto mais próximo
possível aos focos. O Super Puma também prestou apoio logístico levando
material para combater o incêndio e alimentação para os brigadistas.
Antes da chegada da Aeronáutica, os deslocamentos por terra duravam
entre quatro e cinco horas e parte do percurso era feita à pé. Já com o
helicóptero, cada deslocamento durava entre 10 e 15 minutos.
Em Brasília, uma série de missões de combate aos incêndios florestais tem sido realizada.
O Hércules C-130, equipado com um sistema aéreo de combate ao fogo pode
lançar 12 mil litros de água em uma área de 500 metros de extensão e 50
metros de largura. O trabalho inicial concentrou-se nos arredores do
aeroporto de Brasília, onde a fumaça poderia atrapalhar o tráfego aéreo.
“Além do aeroporto, nós também vamos atuar nas áreas críticas que os
bombeiros indicarem”, revela o Tenente Coronel Aviador Marco Aurélio de
Oliveira, comandante do Primeiro Grupo de Transportes de Tropa (1ºGTT), e
um dos pilotos das missões.
Fonte: Agência Força Aérea
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